A campanha foi criada para destacar a importância do diagnóstico precoce de doenças que ainda não possuem cura.
A campanha Fevereiro Roxo foi criada para chamar a atenção para três doenças que aos poucos começam a ser faladas e que precisamos dar visibilidade: lúpus, fibromialgia e mal de Alzheimer. Estas, são consideradas doenças crônicas, mas, com o tratamento adequado, os pacientes podem (e devem) desfrutar de qualidade de vida. Além disso, a campanha reforça a importância do diagnóstico precoce para elevar as chances do paciente ter respostas positivas ao tratamento. Continue lendo e saiba um pouco mais das doenças que são tema da campanha.
Lúpus
Trata-se de uma doença autoimune, inflamatória, crônica e não transmissível. Entre as oitenta doenças autoimunes conhecidas, ela é considerada uma das mais graves, pois pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro.
O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém a incidência é maior entre mulheres, principalmente entre 20 e 45 anos.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que, no Brasil, existam cerca de 65 mil pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. O tratamento é individualizado e diferenciado conforme o caso, nível de intensidade e agressividade da doença. Isso porque a maioria dos pacientes apresenta sintomas leves, que se agravam por um tempo e depois desaparecem.
Ainda não existe cura para o lúpus, mas, com acompanhamento e tratamento corretos, é possível levar uma vida normal.
Fibromialgia
A fibromialgia é uma doença reumatológica caracterizada por dor muscular generalizada. Geralmente tem início em articulações e músculos e depois se espalha por todo o corpo, de forma crônica. A sensação costuma ser descrita como uma queimação, e os pacientes relatam incômodo quando expostos a baixas temperaturas.
Os sintomas podem variar, mas os níveis de estresse são determinantes para a manifestação deles. Como sinais da fibromialgia, também foram apontados: fadiga, falta de disposição e energia; alterações no sono, distúrbios emocionais e psicológicos, como dificuldade de memória ou de concentração, ansiedade e até depressão.
O diagnóstico é totalmente clínico, uma vez que ainda não existe exame que diagnostique a doença. Diferentemente de artrite, que provoca inchaço das articulações, a fibromialgia não causa nenhuma deformidade física por conta das dores, nem provoca inflamações, o que pode fazer com que o diagnóstico seja confundido com outras doenças reumatológicas.
Alzheimer
Alzheimer é uma doença caracterizada pela perda da capacidade cognitiva e de memória. É considerada neurodegenerativa, não tem cura e afeta 10% da população mundial com mais de 60 anos e 25% da população com mais de 85 anos, segundo dados da ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer.
O maior fator de risco para a doença é a idade. Ou seja, à medida que envelhecemos, nos tornamos mais propensos ao Alzheimer. Porém, essa enfermidade também pode se manifestar entre as idades de 30 e 60 anos. Em casos raros e atípicos, mutações genéticas e condições hereditárias são as principais responsáveis por ela.
A doença de Alzheimer é insidiosa, ou seja, se desenvolve vagarosamente ou aos poucos, sem apresentar sintomas específicos. É classificada em estágios: leve, moderado e grave. Os seus principais sintomas são a redução progressiva da memória e a perda da capacidade de se comunicar, se orientar e de prestar atenção.
Apesar de serem distintas, Alzheimer, lúpus e fibromialgia têm em comum o fato de não possuírem cura, por isso, cuide da sua saúde de forma preventiva e visite seu médico regularmente.